São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Pesos e medidas; Chuvas e trovoadas; Expiação; Fumaça negra; À boca pequena; Bombeiros; Hora de aproveitar; Mais à esquerda; Efeito colateral; Para o futuro; Liberal, mas...

Pesos e medidas
Na segunda, enquanto suas agências permaneciam fechadas para saques no Brasil, o Banco Econômico pagava dívidas nos EUA. A operação teve autorização do governo -para não prejudicar o crédito do Brasil no exterior.

Chuvas e trovoadas
Dirigentes tucanos avaliam que os casos Dallari e Econômico mostraram que os ministros deixam FHC muito exposto nas crises. Acham que falta coordenação no governo e, principalmente, atuação política do ministério.

Expiação
A fritura de Malan segue solta na Esplanada dos Ministérios.

Fumaça negra
O colégio de cardeais do PFL emite sinais de que o papa ACM corre sério risco de ficar isolado. Reservadamente, seus colegas dizem que o Econômico é um problema da Bahia e do senador. Temem que o partido pague a conta.

À boca pequena
Longe dos colegas baianos, os cardeais pefelistas dizem que o caso Econômico traz ``prejuízo incalculável" ao partido, porque o PFL perdeu o discurso liberal ao propor a estatização de um banco.

Bombeiros
No café da manhã com FHC e Luís Eduardo ontem, no Alvorada, Bornhausen e Maciel tentaram abrandar a crise com ACM. A eles não interessa abrir espaço para que o PMDB ou o novo partido de Maluf se aproximem do governo.

Hora de aproveitar
Líderes de partidos que apóiam FHC não disfarçam certa alegria ao verem o presidente trombar com ACM. Dizem que o Planalto cortejou muito os pefelistas e, agora, deveria dar mais atenção a outros setores de sua base.

Mais à esquerda
A crise com ACM abre novas possibilidades para o governo no Congresso. Genoino (PT-SP) diz que é hora de a oposição discutir com o governo para influenciar o conteúdo das novas reformas.

Efeito colateral
Consequência do imbróglio Econômico é que só alguns bancos muito grandes ou estrangeiros conseguem tomar empréstimos no mercado interbancário. Os pequenos ou aqueles alvo de boatos são as maiores vítimas do processo.

Para o futuro
O Conselho Federal de Desestatização fez sua sétima reunião ontem. A privatização do Banco Econômico não entrou na pauta.

Liberal, mas...
Os pefelistas não aguentam mais as provocações por defenderem o liberalismo e, ao mesmo tempo, a estatização do Econômico. ``É uma situação momentânea", diz José Carlos Aleluia.

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