São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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População de Salvador apóia a estatização

DA REDAÇÃO

Baianos e paulistas, em sua maioria, acham que o governo federal agiu mal ao intervir no Banco Econômico, fechando temporariamente as agências e limitando o saque dos clientes a R$ 5 mil.
A predominância dessa opinião nos dois Estados foi constatada por pesquisa Datafolha, realizada em Salvador ontem e em São Paulo no dia anterior, ouvindo 420 pessoas a partir dos 16 anos na capital baiana e 660 na paulista.
Em Salvador, 61% dos entrevistados disseram que o governo agiu mal ao intervir, enquanto em São Paulo resposta no mesmo sentido foi dada por 58% do total. Responderam que agiu bem 27% dos baianos e 28% dos paulistanos.
Na Bahia, 68% responderam que o governo federal agiu bem ao aceitar o acordo com o governo da Bahia para estatizar o Econômico. 21% foram contra. Em São Paulo, 48% disseram que o governo agiu bem e 38% que agiu mal.
A maior aprovação do acordo nas duas capitais, e bem mais em Salvador, foi constatada entre os entrevistados com menor escolaridade (até o 1º grau).
Em Salvador, com 80% das pessoas consultadas, e em São Paulo, com 60%, foi obtida a resposta majoritária de que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) influenciou muito na decisão de estatizar o banco.
Lembrados de que o Banespa e o Banerj sofreram também intervenção e há oito meses não se chega a uma solução final, 41% dos entrevistados em Salvador afirmaram que o governo federal tem mais boa vontade com o governo baiano e 38% que os governos de São Paulo e do Rio não tem a mesma capacidade de apresentar saídas aceitáveis. Em São Paulo, essas respostas foram de 47% e 38%, respectivamente, do total.

A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino e a estatística Renata Nunes Cesar. A direção comercial é de Eneida Nogueira e Silva.

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