São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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Bahia não tem como pagar R$ 1,8 bi pelo Econômico
MARTA SALOMON; ABNOR GONDIM
O governador Paulo Souto (PFL) afirmou à Folha que ``o governo federal sabe que a Bahia não tem este dinheiro", se referindo ao R$ 1,8 bilhão que o BC exige para a reabertura do Econômico. ``Nunca se cogitou isto. O único dinheiro que o governo baiano iria entrar era com o R$ 1 para a compra simbólica das ações do Econômico", completou o governador, que passou o dia em Brasília negociando a suspensão da intervenção. A proposta de estadualizar o Econômico, formulada na segunda-feira pelo economista Daniel Dantas, mostrou-se inviável. O próprio Dantas empenhava-se em uma nova solução, que prevê a imediata privatização do banco. O PFL baiano investiu, durante todo o dia, em um novo desfecho para a crise do Econômico. ``Não podemos querer dobrar o Banco Central, mas os técnicos devem viabilizar soluções possíveis", afirmou o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PFL-PE). ``Isto é uma babaquice", reagiu de manhã, o deputado Luís Eduardo Magalhães, referindo-se a intenção do BC de reaver todo o dinheiro aplicado na instituição como condição para que o Econômico reabrisse as portas. Para atenuar a crise, ficou acertado que os interlocutores da negociação não seriam mais FHC e ACM. No lugar deles, assumiram o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o governador Paulo Souto. Malan Malan reafirmou ontem ao governador Paulo Souto que o governo federal não colocará dinheiro do Tesouro Nacional para custear a reabertura do Econômico. Souto, por sua vez, demonstrou a Malan que o governo da Bahia continuará buscando uma alternativa porque o banco não pode desaparecer. O ministro e o governador baiano se encontraram em audiência ontem na Fazenda. Souto saiu do encontro com Malan sem falar nada. Texto Anterior: Bola de cristal Próximo Texto: Grupo do Rio quer fim do impasse para oferta Índice |
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