São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Covas pede ofensiva anti-reforma tributária

FERNANDO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo convocou ontem uma reunião com empresários e centrais sindicais para criticar a proposta de reforma tributária da equipe econômica federal.
Ficou decidido que é necessária uma campanha nacional para forçar uma mudança de posição do governo federal.
A principal proposta do governo é transformar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em ICMS federal (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), como forma de aumentar a arrecadação.
Para empresários, sindicalistas e governo paulista, a proposta do governo federal é ruim. Mas temem que uma reação paulista seja mal-vista no restante do país.
Estratégia
Para contornar a antipatia que São Paulo tem em relação ao restante da Federação, a reunião de ontem, na Secretaria da Fazenda paulista, deliberou que empresários e sindicalistas vão convocar encontros em nível nacional, de preferência em Brasília.
Os integrantes do governo paulista entrariam apenas como convidados nas manifestações de repúdio à proposta federal.
Nesse encontros, a idéia será bombardear a proposta do governo. O argumento principal é que estaria se perdendo a chance de fazer uma reforma mais profunda no sistema tributário do país.
Ontem, um dos presentes usou uma figura para sintetizar a fase atual da reforma tributária. É como se um conjunto de edifícios estivesse para ter seu condomínio aumentado. Só que apenas os síndicos participam das reuniões.
Na realidade, os paulistas (governo, empresários e sindicalistas) querem duas coisas: aumentar os impostos diretos e diminuir os indiretos e diminuir a carga tributária total.
Imposto direto é o Imposto de Renda. Indireto é aquele que vem embutido no preço de alguma mercadoria ou serviço.

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