São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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FHC critica vantagens de servidor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem ``vantagens" concedidas ao funcionalismo público no momento da aposentadoria.Ele defendeu a necessidade de uma reforma administrativa, lamentou a destinação de R$ 40 bilhões em 96 para pagar o funcionalismo federal e declarou não aceitar a ``canalização crescente dos escassos recursos públicos para poucas mãos". Segundo ele, 0,6% da população (o funcionalismo) controlará os R$ 40 bilhões, correspondentes a 40% da arrecadação federal. FHC atribuiu o gasto elevado a privilégios que estariam concentrados numa pequena parcela dos servidores federais. ``A massa não recebe quase nada. Há uma concentração de vantagens, de privilégios. E isso não pode mais", disse. Ele afirmou que a folha de pagamento nos Estados está crescendo ``a taxas assustadoras", que chegariam, em alguns casos, a 3% ao mês. ``Não há reforma tributária capaz de suprir os recursos para isso. Não há. E crescem como? Aumentando vantagens." Sem especificar, Fernando Henrique disse que ``num dos Estados" há um servidor que terá o salário multiplicado por cinco quando se aposentar. ``Não podemos continuar aceitando isso", disse. O presidente disse aos governadores que vai enviar na segunda-feira ao Congresso as propostas de reformas tributária e administrativa. Segundo o ministro do Planejamento, José Serra, o envio das duas propostas atenderia pedido dos governadores. No final da tarde, o porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, disse que o governo enviará na segunda apenas a proposta da reforma tributária. Texto Anterior: Covas pede ofensiva anti-reforma tributária Próximo Texto: FHC vai a coquetel da Bienal do Livro no Rio Índice |
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