São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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Carro da comitiva de FHC é roubado no Rio
CLÁUDIA MATTOS
Cerca de uma hora depois do roubo, o carro foi localizado nas proximidades do túnel Rebouças por uma patrulha da PM (Polícia Militar). Houve perseguição e troca de tiros, mas os quatro ladrões conseguiram fugir a pé. Na manhã de ontem, Joaquim Pereira Lopes, 64, dono do Omega, recuperou seu carro na 6ª DP (Delegacia de Polícia), no centro. As únicas avarias constatadas foram duas perfurações na tampa do porta-malas, causadas por balas. Às 20h20 de quarta, Lopes voltava do Palácio Laranjeiras (zona sul do Rio) com Paolo Stanziola Neto, coordenador-adjunto da visita presidencial ao Rio. Segundo o motorista, quando saíram do palácio, Stanziola pediu para ser levado para Vila Isabel, onde jantaria com amigos. Lopes optou por pegar o túnel Santa Bárbara, que faz a ligação dos bairros de Laranjeiras (zona sul) e Catumbi (zona norte). Logo na entrada do túnel, um Tempra preto, ocupado por quatro homens, fechou o Omega de Lopes. Dois dos quatro homens desceram do Tempra e, armados, renderam Lopes e Stanziola. Stanziola levou uma coronhada na cabeça e teve seu celular e seus documentos roubados, enquanto Lopes tentava se soltar do cinto de segurança. ``Fiquei muito nervoso e não consegui tirar o cinto. Acabei escorregando pelo banco e saindo por baixo dele mesmo. Só hoje (ontem), quando recuperei o carro, é que consegui soltar o cinto", contou Lopes. Os dois homens fugiram no Omega e foram seguidos pelo Tempra. Lopes e Stanziola pegaram um táxi e foram ao Hotel Glória, onde a comitiva presidencial está hospedada. De lá, eles seguiram para a 9ª DP (Catete) para informar o roubo. Cerca de uma hora depois do roubo, uma patrulha do 1º BPM (Batalhão da PM) que estava localizada na saída do túnel Rebouças no Rio Comprido (zona norte) captou a comunicação do roubo pelo rádio da polícia. Os policiais viram o Omega passar com quatro homens e iniciaram a perseguição. No útimo domingo, num apartamento do prédio onde mora FHC em São Paulo foi furtado. Na hora do crime, a primeira-dama Ruth Cardoso e dois seguranças presidenciais estavam no edifício. Texto Anterior: Assédio sexual Próximo Texto: Presidência não exige segurança Índice |
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