São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Homem é baleado após manter bebê 3h como refém

DA REPORTAGEM LOCAL

José Antônio da Silva, 31, foi baleado na cabeça por um atirador de elite da PM à 1h de ontem depois de manter por três horas e meia a criança Marili Gomes Rodrigues, 1, como refém.
Silva exigia a presença de sua mulher para libertar a menina, da qual era vizinho. O crime aconteceu na Cidade Tiradentes (zona leste de São Paulo).
Silva teria pego a menina às 21h30 no apartamento dos pais dela, Geraldo Rodrigues Pimenta, 30, e Maria Lúcia Gomes Nascimento. Em seguida, ele foi para um apartamento do prédio 341.
Os pais de Marili chamaram a polícia, que tentou negociar a rendição do acusado. Ele estaria mantendo uma faca apontada para o pescoço da menina. Policiais civis e militares cercaram o prédio.
Silva teria exigido que sua mulher fosse até o prédio. O casal havia se separado e ela havia ficado com a guarda dos dois filhos.
A polícia conseguiu achar a mulher de Silva. Ele exigiu que ela fosse sozinha ao apartamento, o que não foi permitido pela polícia. Segundo a PM, Silva teria respondido que iria matar a criança e que não iria se entregar.
Após três horas e meia de negociação, um atirador do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar) aproveitou um distração de Silva e fez um disparo com um rifle. O tiro acertou a cabeça de Silva.
A criança não sofreu nada. Os policiais militares levaram o acusado para o pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina (zona leste), onde ele foi operado.
Segundo a polícia, o estado de saúde de Silva era gravíssimo até a tarde de ontem. Ele estava com morte cerebral.
A arma do atirador de elite e a faca que estaria come Silva foram apreendidas pela Polícia Civil. O 54º DP (Cidade Tiradentes) instaurou inquérito policial para investigar o caso.

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