São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Brasil é 53º em igualdade de sexos

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil é o 53º colocado no índice mundial de igualdade entre homens e mulheres divulgado ontem pela ONU (Organização das Nações Unidas). O levantamento integra o Relatório do Desenvolvimento Humano de 1995.
É o sexto ano de publicação do relatório, mas pela primeira vez estão sendo medidas diferenças de oportunidades entre homens e mulheres no mundo.
Os resultados deverão fazer parte das discussões da 4ª Conferência Mundial da Mulher, que acontece em setembro na China.
Os primeiros colocados em igualdade entre homens e mulheres são Suécia e Finlândia. Entre os países considerados em desenvolvimento, os melhores classificados são Barbados (11º lugar), Hong Kong (17º) e Bahamas (26º).
Foram pesquisados 130 países, levando-se em conta alfabetização, esperança de vida e economia. Em 116, foram pesquisadas a representação feminina nos parlamentos, a porcentagem de mulheres em posições de gestão, a participação na força de trabalho ativa e sua parte no rendimento nacional.
O resultado do relatório indica que as mulheres trabalham mais horas que os homens, mas continuam a ganhar menos.
Nos países em desenvolvimento, as mulheres são responsáveis, em média, por 53% do trabalho remunerado e não-remunerado, o que inclui trabalho doméstico e informal. Nos países industrializados, esse número fica em 51%.
No Brasil, o salário médio das mulheres equivale a 76% do salário dos homens. Nos EUA, os salários das mulheres são 75% dos salários dos homens.
A desigualdade entre os sexos não tem muita relação com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) -que mede esperança de vida, alfabetização, escolarização e renda per capita. Os EUA estão em 2º lugar no IDH, mas em 5º na classificação de igualdades.
Para tentar reverter a situação, o relatório recomenda aumentar as possibilidades de escolha de mulheres e homens no trabalhos, implementar programas para educação de mulheres, melhor saúde na maternidade, permitir maior acesso ao crédito e alcançar um mínimo de 30% de participação feminina em cargos de decisão.

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