São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Carteiros ignoram orientação do sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos carteiros de São Paulo não seguiu orientação do sindicato nacional da categoria para o início da greve.
Os carteiros paulistas iniciaram a paralisação ontem, enquanto o sindicato nacional havia determinado paralisação por 24 horas no próximo dia 22.
``A categoria em São Paulo não aguenta esperar até o dia 22. Nossos salários estão muito defasados", justificou o tesoureiro do Sindicato das Empresas dos Correios de São Paulo, José Roberto de Matos.
O camando de greve decidiu ontem realizar a partir de hoje um ``piquete-arrastão". Os grevistas percorrerão todas as agências dos Correios e os Centros de Distribuição Domiciliar (CDDs), onde se concentram os carteiros, para convocar os funcionários que não aderiram ao movimento.
Segundo o comando de greve, duas agências de São Paulo e uma de Santo André (Grande SP) tiveram 100% adesão (leia texto ao lado).
Segundo a diretoria da empresa, caso a paralisação se estenda, a ECT irá encaminhar recurso pedindo o julgamento da abusividade da greve para o TST (Tribunal Superior do Trabalho).
O Correio considerou o movimento ilegal porque o reajuste proposto pelos carteiros ainda não foi homologado pelo Conselho de Controle das Estatais (CCE).
Esse órgão federal analisa e fornece parecer sobre as reivindicações dos funcionários de estatais.
A paralisação de ontem teria sido uma represália à decisão do TST que, há duas semanas, transferiu o caso dos funcionários dos correios para análise do CCE.
No entanto, a greve iniciada ontem contrariou determinação da Federação dos Empregados em Empresas e Telégrafos, que havia entrado com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o parecer do TST. Por isso, a entidade havia recomendado mobilizações só a partir do dia 22.

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