São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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``Beijo de Humor" vai da casa ao teatro
RENATO SZTUTMAN
Texto: Irene Ravache e Raul de Orofino Direção: Irene Ravache Com Raul de Orofino Onde: Teatro Crowne Plaza (r. Frei Caneca, 1.360, tel. 285-4902; ou espetáculos a domicílio, contatos pelo tel. 256-9377) Quando: sex. e sáb., às 21h, e dom., às 19h30 Quanto: R$ 15 (sex e dom) e R$ 20 (sáb) A peça ``Beijo de Humor", que antes só poderia ser vista com pedido a domicílio, acaba de ganhar uma versão mais convencional. Ela tem estréia marcada para hoje, às 21h, no Teatro Crowne Plaza. ``Não existia a idéia de levarmos o `Beijo de Humor' de casas particulares para o teatro. Aconteceu. Então, por que dizer não?", brincam Raul Orofino e Irene Ravache, ator e diretora da peça, respectivamente, além de responsáveis pela sua autoria. Raul de Orofino está afastado dos palcos há cinco anos, quando embarcou na produção de teatro a domicílio. Irene Ravache, que hoje pode ser vista no elenco da novela ``Sangue do Meu Sangue", dá continuidade à carreira de diretora, que vem desenvolvendo atualmente com o espetáculo ``Os Gordos Também Amam", em cartaz em Curitiba. A idéia de montar ``Beijo de Humor" veio quando Raul de Orofino já apresentava em domicílios outro espetáculo, também de sua autoria, ``Humores do Amor". ``Senti que precisava de orientação, queria ser dirigido", afirma Orofino. Assim, Irene, que adorou a idéia, entrou em cena, fornecendo ao espetáculo uma certa ``consultoria crítica e feminina". A narrativa daí criada é simples. Tudo se passa em um consultório de psicanálise, onde três pacientes falam de seus problemas afetivos e sexuais. Cecília Antônia, madame fútil, Claudio Armando, machão desiludido, e Cleyton, homossexual em crise, são os protagonistas da trama, todos eles interpretados por Raul Orofino. ``Tudo isto é contado de uma maneira muito leve", afirma Irene Ravache. ``É muito gostoso de assistir porque não há nenhuma pretensão", continua. Reduzido a um número mínimo de elementos, o cenário, que pode ser recorrido em ``qualquer lugar", não é mais do que uma cadeira, um cabideiro e uma pequena mesa. No teatro, os mesmos elementos foram mantidos, porém encrementados. Um divã, por exemplo, ocupa o lugar da cadeira. Algo que também deve mudar na nova experiência é a relação com a platéia. Neste sentido, aquela capacidade de improvisação, ampliada em um domicílio com poucas pessoas, pode ser inibida, segundo eles. Questões como esta causam ansiedade no ator e na diretora, que afirmam estar sempre ``experimentando". ``Não sei o que vai acontecer. Parece até que vou estrear outro espetáculo", arrisca Orofino. Texto Anterior: `Os Silêncios do Palácio' retrata mulher tunisina Próximo Texto: Ator procura alternativas Índice |
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