São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995![]() |
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BC deve cobrir ação no exterior, diz Serra
CARLOS MAGNO DE NARDI
Segundo ele, as operações têm de ser cobertas ``para que a situação dos bancos que operam no exterior se mantenha calma". A Folha apurou que as obrigações do Econômico fora do Brasil somam US$ 800 milhões. Por meio dessa medida, o BC deve assumir os ativos e passivos das agências do Econômico no exterior. Na opinião do ministro, a credibilidade do Brasil não foi abalada no exterior depois do episódio envolvendo o banco da Bahia. ``Vira e mexe, os países desenvolvidos enfrentam problemas com seus bancos", disse. As afirmações foram feitas logo após uma cerimônia na Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), em São José dos Campos. Serra estava na comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso na apresentação pública oficial do primeiro jato de transporte brasileiro, o EMB-145. Silêncio O presidente Fernando Henrique Cardoso optou pelo silêncio ontem em São José dos Campos. FHC não concedeu entrevistas na cidade nem se referiu à área econômica do governo durante discurso na solenidade de apresentação do jato da Embraer. A única referência de FHC aos episódios que cercaram a demissão de José Milton Dallari e a intervenção no Econômico foi feita durante homenagem ao governador de São Paulo, Mário Covas. ``Só ele (Covas) e eu sabemos o quanto é difícil em determinados momentos, quando as nossas vontades nem sempre podem expressar tudo o que desejamos", disse o presidente. A Folha apurou que o silêncio de FHC faz parte da estratégia de resguardar sua imagem, que teria sido abalada durante as discussões em torno do Banco Econômico. Durante a cerimônia de lançamento do jato, FHC acompanhou um vôo de demonstração, de 20 minutos, para o público presente. O presidente cumprimentou os tripulantes e posou para fotos na cabine de comando do avião. Participaram também da cerimônia o presidente da Embraer, Juares Wanderley, o ministro da Aeronáutica, Mauro José Gandra, o senador Romeu Tuma, empresários e deputados. FHC afirmou que o Brasil não produzirá mísseis militares de longo alcance. ``Assumo o compromisso. Continuaremos a desenvolver pesquisas para fins pacíficos. O Brasil tem compromissos históricos com a paz." Texto Anterior: Sul Brasileiro já foi estatizado Próximo Texto: BC pede à Receita investigação sobre banco Índice |
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