São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995 |
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Inflação cai para 2,68% na segunda quadrissemana de agosto, diz Fipe
SUZANA BARELLI
``A taxa foi uma surpresa porque esperávamos uma desaceleração menor do índice", diz Heron do Carmo, coordenador do índice de inflação da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Na quadrissemana anterior, o índice da Fipe ficou em 3,38%. Com a aceleração da queda da inflação, a Fipe já mudou sua previsão de 2,5% para a taxa mensal. Agora, Heron do Carmo acredita que a inflação ficará entre 2,2% e 2,3% em agosto. ``A taxa só deverá subir se o governo reajustar os combustíveis, mas não passará de 2,5%", diz. Na segunda quadrissemana, todos os grupos de preços tiveram redução nas taxas de variação, com exceção dos gastos com despesas pessoais. A causa, aqui, é o reajuste das tarifas de ônibus interestaduais, que entra neste grupo. Os gastos com transportes tiveram queda de 2,72 pontos percentuais na segunda quadrissemana em comparação com a primeira. Os alimentos caíram 0,29 ponto percentual na segunda quadrissemana. Os preços dos semi-elaborados (carnes, leites e derivados) ficaram estáveis, com redução de 0,03 ponto percentual no período. A expectativa inicial era de que carnes e derivados pressionassem o índice para cima. O desaquecimento da economia e o clima quente em pleno inverno são duas das causas da queda da inflação, diz Heron do Carmo. ``O clima acelerou as liquidações de vestuário e manteve as ofertas de alimentos, principalmente da carne", diz. Também diminuíram os impactos dos reajustes das tarifas públicas e dos aumentos de preços, como o do pão francês e do leite, realizados quando o Plano Real completou um ano, em julho. Texto Anterior: Fiesp discute juros com Malan Próximo Texto: Evitando respingos; Risco transferido; Aval oficial; Quem paga; E tem mais; Prejuízo assumido; Conhecimento inútil; Má notícia; Exemplo chileno Índice |
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