São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995 |
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Governo admite pressões contra Cavallo
DENISE CHRISPIM MARIN
Bauzá atribuiu os últimos rumores sobre um eventual afastamento de Cavallo a ``grupos que se consideram prejudicados pelo desempenho do ministro". O chefe do gabinete, que não quis mencionar nomes, negou que os inimigos de Cavallo façam parte do governo. Ele admitiu, ainda, a existência de ``focos de corrupção" na administração federal. Na quinta-feira, Cavallo havia se envolvido em polêmica com parlamentares argentinos e apareceu várias vezes na televisão para defender alguns de seus colaboradores acusados de corrupção. Ontem, o ministro recebeu apoio generalizado dos empresários do país. Um comunicado das oito entidades empresariais mais importantes da Argentina, divulgado à noite, expressou a aprovação à política econômica. A União Industrial Argentina (UIA), que havia criticado anteriormente alguns aspectos da abertura econômica, assinou o documento e declarou estar de pleno acordo com o plano econômico. Nesta semana, Cavallo entrou em conflito com o governador da Província de Buenos Aires, Eduardo Duhalde -provável candidato à Presidência em 1999-, que responsabilizou o ministro pela taxa de desemprego de 18,6%. Duhalde, no entanto, disse que apóia Cavallo e que compreende a``delicada situação do governo". O presidente Menem, segundo a imprensa argentina, pediu a seus colaboradores que baixem o tom de enfrentamento público. Demissão O subsecretário da Ação de Governo, Juan Carlos Cattaneo, pediu demissão ontem após acusações feitas por Cavallo. O ministro o acusou de envolvimento com empresas supostamente favorecidas na compra de um sistema de computação para o Banco da Nação Argentina. Colaborou DENISE CHRISPIM MARIN, de Buenos Aires Texto Anterior: Muito além do jardim zoológico Próximo Texto: México obtém novo superávit Índice |
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