São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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CRONOLOGIA

29/3/93
Polícia Federal anuncia que está investigando uma conta fantasma na Bahia, aberta em julho de 1990 na agência do Citibank de Salvador (BA), com um cheque da TV Bahia, pertencente à família de Antônio Carlos Magalhães. A PF chegou à conta por meio de outra conta ``fantasma" no BMC, utilizada pelo empresário baiano Thales Nunes Sarmento, dono da construtora Sérvia, que doou recursos para o esquema de Paulo César Farias. Sarmento disse à PF que também doou verbas para as campanhas eleitorais de diversos políticos

3/3/93
PF diz que a construtora Norberto Odebrecht também depositava dinheiro na conta ``fantasma" (número 95.134.360) no Citibank. Os titulares da conta, Hugo Tavares Freire Filho e Heloísa Góes Freire, não existem

7/4/93
PF afirma ter obtido cópia do cheque da TV Bahia, usado para abrir a conta ``fantasma". O cheque era de uma conta da empresa no Banco Econômico

23/4/93
PF afirma que os depósitos na conta de Hugo Tavares Freire Filho somam US$ 4,8 milhões

2/5/93
PF acredita que a conta ``fantasma" foi utilizada para financiar a campanha de Antônio Carlos Magalhães ao governo da Bahia, em 1990

4/5/93
ACM nega que a conta ``fantasma" tenha sido utilizada para financiar sua campanha

6/9/93
PF indicia Cláudio Chagas Freitas no inquérito, acusado de fornecer duplicatas frias. ACM é padrinho de casamento de Freitas

21/9/93
O delegado Roberto das Chagas Monteiro convida o governador Antônio Carlos Magalhães a depor no inquérito. ACM recusa

12/11/93
O coronel Wilson Romão, diretor da PF, afasta o delefado Roberto das Chagas Monteiro da presidência do inquérito sobre a conta. O delegado afastado acusou Romão de tê-lo afastado por exigência do governador Antônio Carlos Magalhães. O gerente da conta no Citibank era Renato Angelo Tourinho, irmão de um diretor da TV Bahia

13/11/93
O procurador-geral Aristides Junqueira começa a investigar acusação de que Romão afastou o delegado do inquérito na Bahia por pressão de ACM

15/11/93
A PF não consegue um delegado para substituir Roberto das Chagas Monteiro na presidência do inquérito

11/1/94
ACM envia à direção da PF perícias feitas por um instituto privado afirmando que os laudos técnicos do Instituto Nacional de Criminalística da PF sobre a autoria dos cheques depositados na conta ``fantasma" do Citibank são falsos. Os laudos da PF indicam que Marcos Antonio Leal de Souza, ex-diretor da TV Bahia, assinava cheques ``fantasmas" em nome de Esmeralda Ferreira da Silva. Renato Angelo Pereira Tourinho, ex-gerente do Citibank de Salvador, teria assinado cheques em nome de Hugo Tavares Freire Filho

1/7/94
Procuradoria da República acusa Antônio Carlos Magalhães de ter financiado sua campanha em 1990 com recursos da conta ``fantasma" em nome de Hugo Tavares Freire Filho. ACM critica os procuradores do caso

8/11/94
A procuradora da República Mariane de Mello ofereceu denúncia à Justiça Federal contra os quatro envolvidos no processo que investiga a conta ``fantasma". Foram denunciados Cláudio Chagas Freitas (dono da TV Serra Mar), Isaac Edington (diretor da TV Bahia), Marco Antonio Leal de Souza (ex-diretor da TV Bahia) e Renato Angelo Pereira Tourinho (ex-gerente do Citibank). Freitas é acusado de emitir duplicatas frias, Edington de ter fornecido falso testemunho, e Tourinho e Souza de falsidade ideológica (assinatura de cheques fantasmas). Ainda não foram julgados

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