São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995 |
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Modernização requer US$ 1 bi
FERNANDO CANZIAN
Ele afirma também que muitos empresários não têm ``planejamento operacional", o que dificultaria as atividade do porto. Azeredo estima em US$ 1 bilhão o total de recursos que deveriam ser investidos imediatamente no porto para torná-lo competitivo. Ele deposita a culpa pela atual situação nas administrações passadas. ``Eles não viram o crescimento do comércio exterior do país", justifica. Azeredo assumiu a presidência da Codesp em 13 de junho passado e promete multiplicar o número de empresas privadas operando terminais em Santos -sempre em troca de investimentos. Leia a seguir trechos da entrevista que Azeredo concedeu à Folha na última sexta-feira: (FCz) Folha - Quais as medidas que estão sendo tomadas para reverter o atual quadro? Marcelo de Azeredo - Acabo de solicitar ao governo federal a implantação de um contrato de gestão no porto. Isto permitiria a flexibilização das tarifas, para atrair novas empresas, e mudanças no sistema de mão-de-obra. A idéia é poder pagar um fixo equivalente a 70% dos salários dos trabalhadores da Codesp e variar os outros 30% conforme a produtividade dos funcionários. Há também uma série de problemas na liberação de cargas que estamos tentando resolver, mas isto depende mais da alfândega do que de nós. Folha - Qual a atual situação das obras do porto? Azeredo - Há 60 pequenas obras paralisadas e a manutenção dos equipamentos está praticamente parada. A administração anterior deixou mais de R$ 75 milhões em caixa e pretendemos recomeçar as pequenas obras ainda este mês. Folha - Qual a necessidade de investimentos totais para o porto operar com mais eficiência? Há uma gestão para obter um empréstimo japonês, não é verdade? Azeredo -Precisaríamos de US$ 1 bilhão para colocar o porto nos eixos. Estamos negociando um empréstimo de US$ 280 milhões com o fundo Nakasone para o porto, mas precisamos ter outros US$ 280 milhões (contrapartida) próprios para obter a liberação deste dinheiro. Não temos estes recursos, mas estamos fazendo gestões para conseguí-lo. Além disso, estamos pedindo autorização para abrir o capital da Codesp e colocar ações da empresa nas bolsas de valores como forma de levantar dinheiro. Também estamos analisando propostas de uma série de empresas (Glencor, Cargill e Ferronorte, entre outras) para abrir novos terminais privativos no porto em troca de investimentos. Texto Anterior: Empresas desistem do porto de Santos Próximo Texto: ``A operação é péssima" Índice |
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