São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995 |
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Mercado comporta o triplo de agrimensores
CARLA ARANHA SCHTRUK
O motivo principal é o anúncio de novas obras públicas -principalmente no Estado de São Paulo. Mas também existem várias obras previstas no Mato Grosso do Sul e nos Estados da região sul do país. A afirmação é de Irineu Idoeta, 67, diretor da Apeasp (Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores de São Paulo). Indispensável na fase preparatória de execuções de obras -o agrimensor estuda as medidas e as condições de um terreno-, o profissional é sempre solicitado por órgãos governamentais. ``Prevemos mais trabalho para a turma já a partir do final do ano, com o início de obras de extensão viária na cidade e outras no interior", afirma o diretor da Apeasp. Fora o setor público, outro que deve passar a absorver mais agrimensores é o de demarcação (determinação de limites) de terras. Medições de terras para o assentamento de famílias no campo estão no plano de reforma agrária. O presidente Fernando Henrique Cardoso pretende assentar 200 mil famílias até o final de 1998. Há apenas 7.500 engenheiros agrimensores no país. ``O mercado comporta três vezes mais profissionais", diz José Luciano Nicolosi de Oliveira, presidente da Aetesp (Associação das Empresas de Topografia do Estado de São Paulo) e diretor da empresa Cota Territorial (setor de agrimensura). A agrimensura é uma especialização da engenharia. Em São Paulo, o curso de graduação está disponível apenas no interior. Segundo os profissionais da área, o agrimensor muitas vezes é confundido com o topógrafo -considerado simples auxiliar do técnico de agrimensura, sem possuir qualquer formação específica. ``É errado chamar de topógrafo quem fez faculdade de agrimensura ou é técnico", explica Oliveira. O salário médio é de R$ 3.000. Quem trabalha como perito judicial, fazendo estudos para juízes durante processos judiciais, ganha mais -de R$ 8.000 a R$ 10.000. Como autônomo, o engenheiro agrimensor pode atuar também como especialista em instalações industriais. Seu trabalho é o de acompanhar a instalação e o alinhamento de máquinas nas indústrias. Nesse caso, a equipe -que é geralmente formada por um engenheiro agrimensor e mais um ou dois técnicos- recebe R$ 800 por dia, em média. ``Não só para os autônomos, a tendência é que surjam cada vez mais oportunidades de trabalho. Quem for competente vai encontrar emprego facilmente", diz Oliveira. Ter conhecimento de informática é fundamental na profissão de engenheiro agrimensor. Os profissionais fazem mapas no computador, utilizando programas específicos. O curso de engenharia de agrimensura da Faculdade de Engenharia de Araraquara (282 km a noroeste de São Paulo) é apontado como um dos melhores no país. Outro bem-cotado é o da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Criciúma, SC). Texto Anterior: Modelo foi descoberta em um supermercado Próximo Texto: Procuram-se 7 estagiários Índice |
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