São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995 |
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ARQUITETURA DA MENTE Cientistas buscam desvendar o fundamento da consciência VANESSA DE SÁ; PAULO FERNANDO SILVESTRE JR.
Cientistas tentam encontrar as chaves do mecanismo do conhecimento e da emoção, até hoje tratados quase exclusivamente pela filosofia. Esta passa a dividir espaço com novas ciências, como a neurobiologia ou a neuroinformática. A expectativa e os impasses advindos das descobertas recentes levaram o pesquisador norte-americano Paul Churchland, em "Máquina da Razão, Sede da Alma, a dizer que a alma -tema caro à metafísica e à religião- pode ser produto exclusivo da atividade de células nervosas. Para o neurobiólogo britânico Semir Zeki, a única realidade que existe é a criada pelo cérebro. Em depoimento à Folha, ele diz que entender como o cérebro processa a visão é uma forma de desvendar a consciência e de chegar perto da origem da alma. Já o cientista Antonio Damasio, da Universidade de Iowa (EUA), ataca em seu livro "O Erro de Descartes a separação de corpo e mente. Cientistas de 16 instituições científicas prometem lançar, em alguns anos, um programa de computador que reunirá o que há de mais moderno em pesquisas na área de neurociências, o "Human Brain Project (Projeto Cérebro Humano). O programa representaria um salto sem precedentes nas pesquisas sobre o cérebro, uma tentativa de mostrar que o órgão pode ser compreendido como uma máquina que funciona segundo leis físicas exatas. (Vanessa de Sá e Paulo Fernando Silvestre Jr.) Texto Anterior: Instantes épicos de um mundo banal Próximo Texto: Rumo à neuroinformática Índice |
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