São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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TV londrina exibe suposta autópsia de ETs

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

Um clima de mistério e controvérsia envolve a primeira exibição pública, em 28 de agosto próximo, do documentário ``A História Secreta: o Incidente Roswell", pelo Channel Four de Londres.
O documentário, que será mostrado por redes de televisão da Europa, dos Estados Unidos e do Japão, revela imagens inéditas de duas autópsias, supostamente de seres extraterrestres e realizadas nos EUA em 4 de julho de 1947.
Neste dia, um disco voador teria caído em uma área próxima à cidade de Roswell, no deserto do Novo México (EUA). Três corpos de extraterrestres teriam sido encontrados em meio aos destroços.
As imagens, já exibidas para cientistas e ``ufólogos" britânicos e norte-americanos, mostram dois corpos com características humanóides, mas com cabeças muito grandes e sem cabelo.
Têm seis dedos nas mãos e nos pés e olhos também maiores do que o normal, com os globos oculares cobertos por tecido preto.
``As figuras certamente pareciam humanas, mas não eram humanas", disse o paleontologista Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres, ao jornal britânico ``The Observer".
``Pareciam ETs, mas eu diria que as chances de um extraterrestre, evoluído em outro mundo, ser tão parecido conosco é astronomicamente remota", diz Paul O'Higgins, da Universidade de Londres.
``Sim, eles têm seis dedos e cabeças muito grandes, mas ambas as anomalias podem ocorrer em humanos com alterações cromossômicas", continua O'Higgins.
``No entanto, não sei onde os realizadores poderiam ter conseguido cadáveres tão similares", afirma o professor.
Durante anos, a Força Aérea dos EUA divulgou a versão de que a suposta nave extraterrestre não passava de um balão meteorológico de alta altitude.
No ano passado, diante de insistentes pedidos de esclarecimento feitos pelo deputado norte-americano Steven Schiff, os militares mudaram a história oficial.
Foi revelado que os destroços eram de um balão experimental cuja função seria detectar um eventual primeiro teste de uma bomba atômica soviética.
O documentário reúne dois filmes em 16mm, o primeiro com 18 minutos e o segundo com 3 minutos de duração. Eles teriam sido comprados por uma produtora britânica por US$ 100 mil de um cinegrafista a serviço da Força Aérea na época do incidente.
Segundo o jornal ``The Guardian", os cientistas disseram que as autópsias parecem reais. Teriam sido realizadas por cirurgiões com a tecnologia médica dos anos 40.
A Kodak afirmou que os códigos mostram que as películas podem fazer parte do estoque de 1947, ano do acidente, ou de 1967, 20 anos depois.

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