São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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Franquias são mais caras, mas oferecem menos riscos

SIMONE GALIB
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem está disposto a abrir uma agência de viagens, pode optar pela franquia, que vem se expandindo no Brasil no setor de turismo.
Franquia, ou franchising, é um sistema de negócio que consiste na transferência dos direitos de exploração da marca, serviço, produto ou tecnologia de operação de uma empresa para outra, mediante o pagamento de taxas e royalties.
O investimento é mais alto e as exigências, maiores. Mas a vantagem, nesse caso, é que o empresário ``compra" uma agência já pronta, recebe treinamento e monitoramento e atua com uma marca já estabelecida no mercado.
O capital necessário para a abertura do negócio varia de acordo com a empresa franqueadora (veja quadro abaixo).
``Com US$ 45 mil é possível abrir e gerenciar uma marca adequadamente", afirma Antônio Salgueiro Rei, 34, diretor da Salt Lake, com 16 lojas franqueadas.
Para quem quer estrear no mercado, as empresas fornecem todo o suporte. O grupo Flytour, que tem uma empresa própria para franchising, criou uma ``escolinha" (a Flytour University) informatizada e uma unidade-piloto para o treinamento, de três semanas.
As pessoas aprendem a emitir passagens aéreas, a fazer reservas e têm palestras com os fornecedores do mercado. ``O cliente recebe orientação desde a escolha do ponto até a venda do produto final", diz Claudemir Barsalini, diretor de marketing da Flytour Franchising.
Na Salt Lake, uma agência nacional que tem acordos com operadoras internacionais, o treinamento leva um mês. A empresa também tem uma central de atendimento para os interessados no sistema.
Além de conseguir subsídios para entrar no mercado e vender o produto de uma marca já conhecida, a franquia oferece ainda como vantagem a mídia cooperada.
A Tiger's Tour, por exemplo, banca 50% dos custos de publicidade, sendo o restante dividido entre os cooperados.
A agência oferece ainda quatro cursos, que abrangem desde o bê-á-bá do turismo até administração e gerenciamento. O treinamento para quem mora em São Paulo dura três meses.
As facilidades prometidas pela franquia, porém, não eliminam todos os riscos do negócio.
Para Cláudio Abrahão, 53, diretor de franquias da Stella Barros Turismo, uma das mais tradicionais agências do país e pioneira no setor de franchising, ``a marca ajuda, mas o sucesso da agência depende de 90% do franqueado".
(SGa)

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