São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995 |
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Buscar especialização é a melhor estratégia
SIMONE GALIB
Apesar das muitas dificuldades iniciais, quem encontrou uma fatia específica está se dando bem. A publicitária Luciana Caran, 30, após ficar cinco anos na Suíça, trocou a carreira de hotelaria pelo mercado de viagens. E abriu, há dez meses, a Gate One Turismo, uma ``agência virtual". Luciana vende roteiros via computador, anuncia por intermédio da Internet (rede mundial de computadores) e oferece informações turísticas aos seus clientes por meio de BBS (sistema informatizado de mensagens). ``O meu passageiro não precisa sair de casa." Na agência trabalham quatro pessoas e um estagiário. Ela conta que gastou cerca de R$ 50 mil na abertura da empresa por causa da informatização. Apostar na ecologia há sete anos, quando poucos ainda se empolgavam com esses roteiros, foi a sorte de Denise Mendonça, 37. Com apenas um telefone e ainda sem escritório próprio, Denise e o sócio, Álvaro Machado, começaram a trabalhar. Alguns meses depois abriram a Ecotrip. Hoje a operadora tem sete funcionários e trabalha com 95 pacotes no país. O seu faturamento bruto em dezembro de 94 foi em torno de US$ 50 mil, segundo ela. O futuro agente precisa estar ciente também de que o negócio é complicado de administrar. ``Se não tiver um respaldo financeiro bom, você quebra sem saber que está quebrando, da noite para o dia", afirma Cynthia Mello Ferraz, 37, que fechou sua agência em São Paulo, no ano passado, após cinco anos de atividades. Ela conta que enfrentou um problema financeiro e resolveu fechar as portas. ``Não valia a pena. Como iria honrar meus passageiros?" Segundo ela, a maior dificuldade é a competição desenfreada. ``Não há união nesse setor." (SGa) Texto Anterior: O PASSO A PASSO PARA ENTRAR NO MERCADO Próximo Texto: Franquias são mais caras, mas oferecem menos riscos Índice |
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