São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995![]() |
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Pessoa física deve pagar menos imposto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem que o governo pretende reduzir as alíquotas do IR (Imposto de Renda) da pessoa física. O projeto deve chegar ao Congresso em setembro.Na primeira etapa da reforma tributária, o governo se limitará a mudar as regras do IR das empresas. ``Se estamos preocupados em reduzir a carga das empresas, também faremos isso com os contribuintes", afirmou FHC. Atualmente, as alíquotas para pessoa física variam de 15% a 35%. O secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, descartou a cobrança de uma alíquota única. Everardo afirmou à Folha que a intenção do governo, no caso da reforma do IR das empresas, é aumentar a arrecadação. O projeto vai limitar o abatimento de benefícios concedidos a altos funcionários e pôr fim à correção monetária dos balanços das empresas a partir de janeiro. Outro objetivo do projeto, segundo o governo, é permitir que empresários que investem recursos próprios se beneficiem das mesmas regras que permitem o abatimento de juros por aqueles que tomam empréstimos. ``Hoje, a legislação favorece quem toma dinheiro emprestado", disse Everardo. Durante entrevista coletiva, FHC reclamou da queda da arrecadação do IR e culpou a ``burocracia pesada" que envolve as declarações das empresas. Nos últimos 20 anos, o imposto pago pelas empresas caiu de 1,66% do PIB (Produto Interno Bruto) para 1,27%. Das 4 milhões de empresas registradas no país, apenas 750 mil pagam o imposto. Serra Em Vitória, o ministro do Planejamento, José Serra (PSDB), disse que não deve haver alterações significativas no IR para as pessoas físicas. ``As alíquotas fundamentais já estão em 15% a 25% e isso será objeto de exame até o final do ano", afirmou. Serra disse também que ``ninguém está pensando em extinguir nada para pessoa física", referindo-se às notícias do fim dos abatimentos no IR dos gastos com dependentes, saúde e educação. O ministro esteve ontem no Espírito Santo para assinar convênios no valor de R$ 62 mil relativos a recursos que serão originados do FGTS e do Procege. Outros R$ 15 mil serão investidos no Estado por conta da venda da Escelsa, a primeira empresa de energia elétrica privatizada no Brasil. Colaborou a Agência Folha, em Vitória Texto Anterior: Recursos do IPI vão compensar Estados Próximo Texto: Proposta é acanhada e míope, diz Fiesp Índice |
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