São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995 |
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Bovespa registra o maior volume do ano
RODNEY VERGILI
Ontem, foi dia de vencimento -de acerto entre os investidores- do mercado de opções na Bolsa paulista. As declarações do presidente Fernando Henrique sobre a reforma tributária ontem foram consideradas positivas. O indicador da Bolsa paulista manteve-se em alta e fechou com valorização de 1,5%. Os preços das ações do Banco do Brasil PN foram as que mais subiram ontem no índice da Bolsa de Valores de São Paulo com valorização de 5,6%. Os dirigentes do BB estão apresentando a instituição em reuniões com analistas do mercado de capitais (Abamec). Há 11 anos os dirigentes do Banco do Brasil não participavam das reuniões da Abamec. O Banco do Brasil pretende no próximo ano realizar aumento de capital no montante de R$ 1,5 bilhão. A crise do Banco Econômico provocou crescimento na captação de dinheiro pelo Banco do Brasil. Nos últimos dez dias, o BB captou recursos adicionais de R$ 400 milhões em CDBs e de R$ 600 milhões em fundos de investimento. O Banco Central tranquilizou o mercado cambial com compra de dólar a R$ 0,941 em leilão. As reuniões do Banco Central com banqueiros para tentar ampliar as garantias de recebimento dos correntistas do Banco Econômico ajudaram também a acalmar o mercado. O saldo cambial continua batendo recordes sucessivos e atingiu ontem o acumulado de US$ 4,886 bilhões em agosto até o dia 18. Os juros mantiveram-se ontem estáveis. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,122%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,89% para dias úteis, projetando rendimento de 3,83% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,85% ao mês, projetando rentabilidade de 3,81%. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,2052%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 30% e 51,50% ao ano. CDBs pós-fixados de 122 dias entre 16% e 17% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,65% ao mês, projetando rentabilidade de 4,50%. Para 30 dias (capital de giro): entre 52,80% e 116% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,88% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,50%, fechando com 42.989 pontos e volume financeiro de R$ 1,8 bilhão. Rio: alta de 0,8%, encerrando a 19.199 pontos e movimentando R$ 203,10 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.614,78 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.660,00 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 17.871,05 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,941 (compra) e R$ 0,942 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,941 (compra) e por R$ 0,943 (venda). ``Black": R$ 0,938 (compra) e R$ 0,945 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,940 (compra) e R$ 0,945 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,915 (compra) e R$ 0,945 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 0,35%, fechando a R$ 11,53 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 18 foi positivo em US$ 1,134 bilhão. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 3,752 bilhões. O saldo total está positivo em US$ 4,886 bilhões. No exterior Segundo a ``UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5410 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4735 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 96,68 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,79% no mês e para setembro a 3,41% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 43.600 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para agosto fechou a R$ 0,948 e a R$ 0,962 para setembro. Texto Anterior: Crediário tem queda de 7,38% em agosto Próximo Texto: Receita quer recuperar R$ 60 bilhões Índice |
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