São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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Igreja espalhou terror na Europa

DA CIDADE DO MÉXICO

Em 1231, o papa Gregorio 9º instaurou a Inquisição, delegando à Igreja poderes para deter, julgar e castigar os hereges.
Qualquer pessoa podia acusar outra de heresia e fazer com que fosse julgada pela Inquisição. Bastava o testemunho juramentado de dois homens adultos.
Trinta anos mais tarde, o papa Inocêncio 4º autorizou pela primeira vez o uso de instrumentos de tortura em interrogatórios.
Logo depois, foram criados os instrumentos de execução (para a pena de morte) e ridicularização pública (para as penas mais leves).
Rapidamente, montou-se uma rede de terror que foi da Itália à Europa Germânica, França e Espanha católica.
Nos séculos 15 e 16, intensificou-se a atuação da Inquisição, em função do fortalecimento do protestantismo na Europa Central e da chegada ao poder dos reis católicos na Espanha.
Fernando de Aragão e Isabel de Castela criaram o Tribunal do Santo Ofício (1478), que simbolizou a Inquisição Espanhola.
Com o fim de consolidar seu poder na Península Ibérica, onde a riqueza florescia mais nas comunidades judaicas e islâmicas do que na parte católica, a Inquisição Espanhola usou os mais diversos tipos de tortura e foi sem dúvida a mais violenta de todos os tempos.
No século 16, junto com os espanhóis, chegaram à América os inquisidores. Com maior atuação no México e no Peru, eles levaram à morte milhares de índios que se rebelavam contra os colonizadores.

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