São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Governadores vetam nomes de Jáder e Paes de Andrade
DENISE MADUEÑO; LUCIO VAZ
Se um deles for eleito, alguns dos governadores prometem se afastar do processo de escolha do candidato a presidente da República em 98. O presidente nacional do PMDB, deputado Luiz Henrique (SC), vai levar a posição dos governadores à reunião da Executiva Nacional, amanhã, com a presença de Jáder e Andrade. O objetivo dos governadores é lançar um terceiro nome. A missão de buscar um nome de consenso também foi passada ao presidente do Senado, José Sarney (AP), em visita dos nove governadores. Sarney apóia Barbalho. ``Nós deixamos claro que queremos a unidade do partido. Se um nome de consenso não surgir ficamos desobrigados inclusive de apoiar o futuro candidato do PMDB à Presidência da República", afirmou o governador Maguito Vilela (GO). Os governadores marcaram nova reunião para antes da convenção do partido, no dia 10 de setembro. Eles vão analisar os resultados das conversas de Luiz Henrique e Sarney com os candidatos Jáder e Andrade. ``Se nossa tentativa de interferir na escolha não der resultados, estaremos desobrigados do processo", disse o governador Paulo Afonso (SC). O governador Antonio Britto (RS) afirmou que "o PMDB perdeu o rumo, perdeu o norte". Ele disse que o partido poderia ter uma ``solução mais tranquila", mas optou pelo caminho mais difícil com as duas candidaturas já lançadas. Os governadores têm uma lista de quatro nomes como alternativa: o senador Iris Rezende (GO), o ministro Odacir Klein (Transportes), o líder do partido na Câmara, Michel Temer (SP), e o deputado Aloysio Nunes (SP). Rezende e Klein só aceitariam ser candidatos se Andrade e Barbalho desistissem. Temer e Nunes não querem concorrer. Mesmo com o veto dos governadores, Jáder e Barbalho mantiveram suas candidaturas. "Eles não me conhecem. Sou como cacto do Nordeste, áspero e duro. Minha candidatura é inarredável", afirmou Andrade. Jáder criticou a articulação dos governadores: ``Não se busca a unidade através do veto." O governador Antônio Mariz (PMDB-PB), reassumiu o cargo anteontem à tarde, após licença de 90 dias para tratamento de câncer no intestino. Texto Anterior: Ruminante inesquecível Próximo Texto: Jáder defende mais cargos Índice |
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