São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995
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Jáder defende mais cargos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Jáder Barbalho afirmou que, se eleito presidente do partido, vai defender mais espaço no governo para o PMDB. Mas não promete apoio incondicional a Fernando Henrique Cardoso.

Folha - Com o sr. na presidência, qual será a posição do PMDB em relação ao governo?
Jáder Barbalho - A posição do partido é de apoio ao governo, sem incondicionalidade. Quando coincidir o que o governo propõe com o nosso ponto de vista e o interesse da sociedade, terá sempre o nosso apoio.
Folha - No caso da regulamentação da reforma constitucional, principalmente nas áreas de telecomunicações e petróleo, é possível que o PMDB vote contra o governo em alguns pontos?
Jáder - Sem dúvida alguma.
Folha - Em relação ao preenchimento de cargos federais, o partido perdeu espaços ou deixou de ser atendido em alguns Estados. Isso pode criar atrito com o governo?
Jáder - O PMDB, como os outros partidos que participam da base de sustentação do governo, tem o direito de ter o espaço administrativo dentro do governo. Defenderei esse espaço.
Folha - A sua candidatura é uma forma de viabilizar a candidatura do senador Sarney a presidente da República?
Jáder - Não. Estamos com sete meses do governo Fernando Henrique Cardoso. Seria precipitação encaminhar agora a sucessão.
Folha - Qual a participação do senador José Sarney e do ex-governador Orestes Quércia na sua campanha?
Jáder - Os dois apóiam minha candidatura.
Folha - Qual o seu problema com os gaúchos, que não aceitam a sua candidatura?
Jáder - Não tenho problemas com os gaúchos.
Folha - Não seria por sua ligação com o Quércia?
Jáder - Se é pela ligação com o Quércia, mil perdões. Eu não consigo abandonar os amigos, particularmente quando eles estão no ostracismo.

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