São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 1995 |
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Microsoft apresenta novo sistema amanhã
RODOLFO LUCENA
Ele vai facilitar a operação e ajudar a disseminar ainda mais o uso de computadores, segundo Bill Gates, dono da Microsoft. É o mais anunciado e esperado produto da indústria de informática. Também o que teve seus problemas de desenvolvimento mais publicamente discutidos. A apresentação tem até banda de música. Uma orquestra vai animar a festa da Microsoft brasileira, no Memorial da América Latina (região central de São Paulo) -a oficial é na sede da empresa, em Redmond (EUA). O tema é dos Rolling Stones: ``Start Me Up" (``Ligue-me") ou, em versão ``Windows 95", ``Iniciar", palavra que dá partida às operações com o programa. Para usar a canção, Gates fechou com Mick Jagger, líder da banda inglesa de rock, um contrato de US$ 12 milhões. É mais um dos números milionários do produto. Segundo cálculos da Microsoft, usuários de micros PC devem comprar 20 milhões de cópias do produto, nos próximos 12 meses. Mais 40 milhões de cópias devem ser vendidas, já instaladas nos microcomputadores, pelos próprios fabricantes. No total, o ``Windows 95" deve gerar receitas da ordem de US$ 3,5 bilhões nos próximos 12 meses. Em um cálculo aproximado, é como se você ganhasse uma Super Sena acumulada por dia, nos próximos seis meses. Tudo isso por um produto que, nas versões prévias, sempre apresentou defeitos -em alguns casos, o programa chegava a travar a operação do micro. A função das versões para testes é exatamente essa -permitir a identificação de falhas-, responde a Microsoft. Mas nem Bill Gates pode garantir que o produto vá funcionar direito com toda a parafernália de programas e dispositivos diferentes espalhados nos 180 milhões de micros em uso no mundo. A empresa promete, porém, o máximo de compatibilidade possível. Texto Anterior: Indústria da infovia quer evitar `ilhas do saber' Próximo Texto: Conheça a língua do soft Índice |
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