São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 1995 |
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Tombamento reabre debate da preservação
LUCIO GOMES MACHADO
Alguns dos mais notáveis exemplares da nossa arquitetura moderna estão protegidos na esfera municipal ou estadual: a "Casa Modernista", de Gregori warchavchic, o edifício Ester, de Álvaro Vital Brasil, os edifícios do Parque Ibirapuera, de Niemeyer, o Edifício Louveira e o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, de Vilanova Artigas e o edifício Lausanne, de Franz Heep. O elenco não é muito mais numeroso, embora seja significativa a importância da arquitetura moderna na paisagem e na cultura paulistana. Chega a parecer desproporcional a atenção dada a esta fase da arquitetura pelos órgãos de preservação. Provavelmente, por ser mais complexa a constituição dos parâmetros que definam o que preservar na arquitetura moderna, ou por estarem estes exemplares muitas vezes mais identificados com o seu valor econômico que com seu valor artístico, tem-se dificuldade de reconhecer seu significado para a cidade. Exemplos deste descompasso não faltam. A mencionada "Casa Modernista" somente não foi derrubada por força de um organizadíssimo movimento comunitário. Na década de 60, demoliu-se talvez o mais importante testemunho da introdução do modernismo em São Paulo -o Edifício Columbus- para dar lugar a uma garagem da Prefeitura (que nunca foi construída). Recentemente, assistimos à inexplicável demolição da antiga residência de Rino Levi, marco da arquitetura moderna brasileira. O pedido de tombamento de um conjunto de obras de Rino Levi, formulado em maio de 1994, tinha como objetivo colocar em evidência a obra de um arquiteto que acompanha a modernização da cidade. Texto Anterior: Rino Levi modernizou São Paulo Próximo Texto: Wolfgang Wagner prepara a sucessão Índice |
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