São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995 |
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Governo vai recorrer a MP para rever área indígena
OLÍMPIO CRUZ NETO; ABNOR GONDIM
Ele também afirmou que pretende anunciar até a próxima semana o nome do sucessor do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Dinarte Nobre de Madeiro, que pediu demissão na última segunda-feira. O sucessor deve ser o antropólogo Márcio Santilli, ex-deputado ligado à ONG (organização não-governamental) Instituto Socioambiental. O governo convidou Santilli, 39, com o objetivo de obter apoio de entidades civis à reformulação da demarcação das reservas indígenas. A Folha apurou que um dos motivos da saída de Madeiro da Funai é a alteração do decreto. Ele fez restrições à iniciativa de mudar o processo de demarcação e vinha reclamando das dificuldades financeiras e operacionais do órgão. ``Não há absolutamente risco nenhum de redução ou inviabilização de áreas", disse Jobim. O chefe dos índios camaiurás, Tacumã, foi o responsável pelo primeiro gesto de gentileza no desembarque do ministro Nelson Jobim na aldeia Ipavu, distante oito quilômetros do posto indígena Leonardo Villas-Boas, no Alto Xingu (MT). Tacumã acendeu o cachimbo para Jobim -um cachimbo da paz- em plena cerimônia do Kuarup, quando os índios rezam pelos seus parentes mortos. Surpreso, o ministro agradeceu a gentileza e assistiu às rezas e últimos preparativos para a festa. Curioso, perguntava detalhes do ritual aos membros da Funai. ``Eu provei o cigarro deles", comentou, receoso, o ministro. O jornalista OLIMPIO CRUZ NETO viajou ao Xingu a convite do Ministério da Justiça. (*)Colaborou ABNOR GONDIM, da Sucursal de Brasília Texto Anterior: USP debate hoje e amanhã o comércio bilateral Brasil/Japão Próximo Texto: Familiares vão exigir apuração das mortes Índice |
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