São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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Investigação sobre caso Econômico começa hoje

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A comissão do Banco Central (BC) que estuda o caso Econômico chega hoje a Salvador (BA).
Sua principal missão será investigar empréstimos de R$ 2 bilhões feitos pelo Econômico a empresas que estavam em situação ruim.
Os R$ 2 bilhões liberados em financiamentos suspeitos representam aproximadamente o valor que o banco necessita para ser reaberto, segundo o interventor Francisco Flávio Sales Barbosa.
O BC confirmou que entre os que tomaram empréstimos nessas circunstâncias estão a Editora Bloch e o Grupo Mendes Júnior.
Os auditores trabalham com a hipótese de que os diretores afastados do banco teriam se beneficiado desses empréstimos.
Barbosa passou os últimos 15 dias da intervenção tentando reaver esses créditos. Mas a necessidade de fazer caixa rápido para o banco levaram Barbosa a vender títulos que o banco possuía.
``Estou chamando todo mundo para renegociar. Com a venda dos títulos e o recebimento de contratos com garantias mais sólidas, levantei R$ 150 milhões", afirmou.
A partir de hoje, o interventor começa a confrontar as declarações de bens da diretoria afastada para analisar se houve transferência de parte do patrimônio do banco baiano para o patrimônio pessoal dos ex-diretores.
Nesta semana, outra equipe de auditores do BC começa a investigar a legalidade da operação feita pelo Econômico no dia 11, quando foi decretada a intervenção.
Naquele dia o Econômico teria enviado cerca de US$ 25 milhões para o Caribe, onde Angelo Calmon de Sá, ex-presidente do Econômico, possui outro banco, o Transworld Bank & Trust.

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