São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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Tiroteio em Copacabana deixa 6 feridos

SILVIA NORONHA
FREE LANCE PARA A FOLHA

Uma tentativa de sequestro, seguida de perseguição e tiroteio, deixou cinco pessoas baleadas (duas delas policiais militares) e um policial atropelado, na avenida Atlântica, em Copacabana (zona sul do Rio), anteontem à noite.
O empresário José Carlos Oliveira, 45, foi sequestrado por três homens na Barra da Tijuca (zona sul), a cerca de 20 km da orla marítima de Copacabana, uma das principais vias do Rio, onde houve a troca de tiros, por volta das 22h.
Oliveira é dono de uma fábrica de processamento de papelão e estava com a noiva e um amigo em um Mustang sem placa, com a licença em papel colada no pára-brisa. Os sequestradores o obrigaram a entrar em um Tempra roubado.
No trajeto até Copacabana, o grupo trocou de carro pelo menos duas vezes. Na Gávea, o Tempra foi abandonado. O grupo passou a usar um Pointer.
Na rua Hilário de Gouvêa, em Copacabana, onde funciona a 12ª DP (Delegacia Policial), os sequestradores deixaram o Pointer e roubaram um Gol, carro que foi perseguido pelos policiais.
Mantendo Oliveira como refém, os sequestradores reagiram ao cerco policial. A PM (Polícia Militar) bloqueou a avenida, mas o grupo conseguiu desviar, passando com o carro pela ciclovia.
Os sequestradores quebraram o vidro traseiro do Gol para atirar nos policiais que faziam a perseguição. Dois carros da PM ficaram com perfurações de bala.
Após o tiroteio, Oliveira foi solto. Ele não foi ferido. Segundo sua cunhada, Fátima Ferreira, ele ficou ``muito nervoso" e resolveu viajar para passar pelo menos 15 dias longe do Rio.
Os sequestradores, armados com fuzil AR-15, conseguiram fugir. O Gol foi abandonado próximo ao túnel Novo, que divide os bairros de Copacabana e Botafogo e os sequestradores não foram mais vistos.
A vendedora ambulante Ângela Maria de Souza, 43, foi baleada na cabeça. Ela estava internada ontem em estado grave no Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul). Os demais feridos não correm risco de vida.
Também foram baleados o frentista Francisco Deocleciano Leal, 56, Cristiane da Silva, 26, os cabos da PM Cruz e Carlos. O soldado Silva foi atropelado por um carro que foi não-identificado.

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