São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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A bola rolou em paz

A bola rolou em paz

JUCA KFOURI

A bola rolou em paz, felizmente. Pouco gente no Morumbi, pouco mais de 3.000 torcedores, reflexo óbvio do medo e do bom senso.
Pouca gente também na Vila Belmiro e menos ainda no Parque Antarctica, o que não é novidade quando joga a Portuguesa, único time paulista que venceu na rodada.
Agora, é hora de começar a pensar em como dar segurança ao torcedor porque, é claro, estádio vazio é como a paz nos cemitérios.
Mas alguma coisa precisava ser mesmo feita e é melhor pecar por excesso que por omissão.
A sociedade saberá achar as soluções que afaste os vândalos e traga de volta o torcedor comum. Calmamente.

O Paraná e o Fluminense dispararam. Nada que seja irreversível porque os três pontos por vitória dão possibilidade de recuperação a todos. Mas que o clube paranaense merece muita atenção parece claro.
Sorte dos paulistas, que poderão vê-lo no meio da semana contra o Corinthians, chance de ouro para o campeão paulista começar a reagir. Neste campeonato, vale lembrar, todos os jogos valem, ao contrário do que houve no Paulista-95.

O Timão está vivendo um caso típico de ressaca. E foi a principal vítima esportiva da guerra do Pacaembu, no domingo passado. Tivesse estreado em casa e ganhado do Bragantino, como era de se esperar, estaria vivendo uma situação melhor.

A torcida do Santos precisa ter calma. Os resultados da política de pés no chão vão demorar mais dois ou três anos para aparecer.
Mas o time também não precisa exagerar. Sair ganhando de 2 a 0 e levar a virada que levou do Vasco parece provocação.

O Palmeiras estava melhor até ficar só com dez jogadores. E, ainda assim, foi buscar o empate, coisa que não aconteceu por detalhe. Perder o Cafu foi fatal. Ainda se fosse o Muller.

Os timinhos do Fluminense costumam ir muito longe. Ainda mais quando têm um líder como Renato Gaúcho. Timinho?

Romário e Edmundo andaram fazendo coisas do arco da velha. Mereciam pelo menos cinco gols. O Bragantino só encheu linguiça.

Nosso basquete adora fazer sofrer. E, na hora em que o sofrimento parecia inevitável, passeou diante do Canadá. Atlanta, lá vamos nós!

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