São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 1995
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DEU ZICO NO GUARANI

FÁBIO SOARES
DA FOLHA SUDESTE

O grande sonho de Arthur Antunes Coimbra Júnior, filho do ex-jogador Zico, é levar o Guarani, seu clube do coração, ao título de campeão mundial.
Para Júnior, como é chamado -ele detesta o apelido de Ziquinho-, voltar ao Japão para decidir o mundial em Tóquio seria o ponto máximo em sua carreira. ``Não duvida, que eu chego lá."
A paixão pelo Guarani começou em 1988, depois de time ter eliminado o Vasco e o Atlético Mineiro no Campeonato Brasileiro.
No mesmo ano, Júnior foi presenteado pelo presidente do Guarani, Luiz Roberto Zini, com uma placa de prata e uma camisa do clube campineiro.
Desde então, apesar de ter sido criado em uma família flamenguista, Júnior passou a ter adoração pelo time de Campinas.
``Ser campeão do mundo em Tóquio seria voltar ao Japão em alto estilo", afirmou Júnior, que morou durante um ano e meio no país, quando seu pai defendia o time do Kashima Antlers.
Segundo Júnior, o presidente do Guarani sempre o convidou. ``Estava esperando acabar o segundo grau para ir para Campinas."
O amor de Júnior pelo Guarani atualmente chega ao ponto de ter torcido para o Fluminense na final do último Campeonato Carioca. ``Hoje, só torço para o Guarani."
Júnior começou os treinamentos na equipe de juniores do Guarani quinta passada, depois de fazer uma bateria de exames médicos.
Ainda desenturmado, o jogador tenta evitar o assédio da imprensa na frente dos companheiros de clube. ``Conversa comigo depois do treino que é mais sossegado."
Ficar longe das praias do Rio de Janeiro não será problema para ele. Júnior disse já estar acostumado com as mudanças. Passou quatro anos no exterior, em Udine (Itália) e Tóquio (Japão). ``Uma piscina quebra o galho", disse.
O que vai fazer mais falta para o filho de Zico é ficar longe da namorada Elisângela, que conheceu há três meses.
Júnior também vai ter que se adaptar à falta de conforto. Ele morava em uma casa com piscina e campo de futebol no Rio.
Ele decidiu morar nos alojamentos do Guarani, apesar de o presidente do clube ter oferecido um flat para ele com tudo pago.
Mas de algumas ``mordomias", ele não abre mão. O inseparável telefone celular, por exemplo. ``Daqui a três meses, quando eu tiver 18 anos, devo ganhar um carro para ficar em Campinas."

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