São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995
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Carteiros de SP decidem continuar a greve

DA REPORTAGEM LOCAL

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) vai julgar às 13h de hoje, em Brasília, se a greve dos carteiros é abusiva. A paralisação, a segunda do ano, entra hoje no 13º dia.
A continuidade da greve foi decidida em assembléia ontem na praça dos Correios (região central de São Paulo).
Segundo a PM, 2.000 pessoas compareceram. A estimativa do sindicato é que de houvesse 1.500. Às 16h, a categoria faz nova assembléia na praça dos Correios.
Segundo a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), a adesão é de 42% em São Paulo e de 5% em Minas Gerais. O sindicato estima que estejam parados 90% dos funcionários em São Paulo e 50% em Minas.
Cerca de 10 milhões de objetos postais estão com entrega atrasada por causa da greve.
Em São Paulo, o volume de correspondência parada é de 6 milhões, segundo a ECT.
A empresa contratou, em regime de emergência, 194 carteiros entre sexta-feira e ontem. Os novos funcionários já estão trabalhando.
Outras 306 vagas devem ser preenchidas com esse tipo de contratação.
O objetivo da medida de emergência é reforçar a entrega das correspondências de caráter urgente, como sedex e telegramas.
O sindicato dos carteiros pede o cumprimento de acordo coletivo, assinado em dezembro, que determina reajuste, em média, de 7,98%, além da elaboração de um novo plano de cargos e salários para a categoria.
A assessoria de imprensa da ECT diz que a concessão do reajuste depende do Comitê de Controle das Estatais.
O presidente do sindicato, Washington Luís Gomes da Silva, disse que, caso o reajuste não seja concedido, a regularização na entrega de correspondências deve acontecer só em dezembro.
``Sem dinheiro, ninguém vai querer fazer hora extra", afirmou Gomes da Silva.

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