São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995
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Doação de órgãos veio tarde demais

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Após ter anunciado que não doaria órgãos de Márcio Gasparin para transplantes, a família do torcedor morto voltou atrás e aceitou a doação. Mas já era tarde demais.
Segundo o Hospital das Clínicas, o coração de Gasparin já parara de bater, o que inviabiliza a doação de qualquer órgão.
Embora o torcedor estivesse clinicamente morto, seu coração continuava a bater, mantido por aparelhos -exatamente para possibilitar uma doação.
Declarada a morte de Gasparin, às 16h, a família foi consultada pelos médicos do Hospital das Clínicas para decidir quanto à doação.
Abalados, os parentes decidiram inicialmente não doar nenhum órgão. ``Eles temem mutilar o rapaz", explicou Mílton Glezer, 39, coordenador do setor responsável pelas doações no hospital.
``Infelizmente, a gente vai perder mais um doador", lamentou Glezer.
(AFt)

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