São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 1995
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Cooper promete insanidade e teatro

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Alice Cooper, 48, é um desenho animado. Ele jura. ``Como o Charada ou o Batman", diz, sério.
O primeiro artista a chegar para o festival Philips Monsters of Rock, que acontece sábado no Pacaembu, a partir das 14h, falou à imprensa no hotel Maksoud Plaza.
Ele promete um show teatral, ``com algumas surpresas". Ou seja, nenhuma surpresa. Seus shows sempre foram teatrais. E influenciaram o rock a ponto de criar nova categoria, o ``glam rock" dos 70, de muito brilho e maquiagem.
Insanidade é a expressão mais dita por Alice na entrevista. ``O público prefere o lado tenso de Alice Cooper", diz, falando de si como se fosse outra pessoa.
Nunca faltou insanidade no coquetel de rock pesado, álcool ainda mais pesado e teatro de horror, apresentado pelo cantor em quase 30 anos de carreira. ``Quando todos eram `paz e amor', a gente era `canivetes e carros rápidos' ", lembra. ``Os hippies amavam a todos, menos a gente."
Alice Cooper é uma criação adequada ao cinema, diz, ao mencionar suas participações em filmes de terror (``fui o pai do demônio Freddy Krueger") e na comédia ``Quanto Mais Idiota Melhor". ``Seria um vilão perfeito para James Bond", acredita.
O auge do cantor foi na metade dos anos 70, quando veio pela primeira vez ao Brasil.
Cerca de 80 mil pessoas lotaram o Salão de Exposições do Anhembi, em 1974, para vê-lo -ele acha que foram 150 mil. Foi o maior público de sua vida.
No sábado, ele canta com músicos que o acompanharam em diferentes estágios de sua carreira.

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