São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995 |
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Suspeito se apresenta à polícia
RODRIGO BERTOLOTTO
Adalberto vai ficar preso preventivamente por cinco dias no prédio da Polícia Civil na rua Brigadeiro Tobias, zona central, onde fica o DHPP. Hoje, às 10h, ele vai ser interrogado pela equipe responsável pela investigação e deve ser indiciado por homicídio -pena prevista de 12 a 20 anos. Adalberto disse estar arrependido das pauladas que desferiu em Márcio Gasparin da Silva e negou ser o único culpado de sua morte. ``Ele apanhou antes e depois de eu atacá-lo", disse. Adalberto tentou se justificar dizendo que também foi agredido. ``Levei tanta porrada que fiquei louco", afirmou. Adalberto esteve foragido durante uma semana, tempo em que as polícias Civil e Militar fizeram várias diligências para localizá-lo. Segundo os advogados de Adalberto, Paulo Franco e Valdemir Campanhã, o processo de entrega de Adalberto à polícia teve início anteontem à tarde. Os familiares de Adalberto contataram o advogado Paulo Franco, que, logo após, se comunicou com Valdemir Campanhã. Ontem, às 14h, Campanhã ligou para o delegado encarregado, Sérgio Alves, e marcou para as 16h a apresentação de seu cliente. Às 15h, Adalberto foi ao escritório de seu advogado na rua Bernardino de Campos. Logo depois, os dois se dirigiram ao DHPP. A defesa vai tentar evidenciar que a agressão de Adalberto não foi a causa direta da morte de Márcio, que ficou em coma durante nove dias. Segundo Campanhã, o crime, que aconteceu durante a briga entre as torcidas de São Paulo e Palmeiras no dia 20, no Pacaembu, foi de autoria coletiva. Texto Anterior: Niki Lauda faz homenagem a Senna; O NÚMERO; Maratonista morre atropelado no Chile; Alemã suspensa por doping volta a correr; Fernando Scherer leva ouro no Japão Próximo Texto: Triste, Pelé sugere cadeia também para os menores Índice |
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