São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Notas

THALES DE MENEZES

Neste US Open são comemorados 25 anos da adoção do tie-break num torneio de Grand Slam. Esse sistema de pontos simples, que define com rapidez um set em que persiste o empate, foi talvez o maior responsável pela arrancada do tênis profissional a partir dos anos 70. Sem ele, seria impossível convencer as redes de TV a investir nas transmissões.

Claro que a adoção do tie-break não foi suficiente para impedir partidas que se prolongam por três, quatro ou até cinco horas. E os organizadores do US Open muitas vezes submetem os fãs a programas notívagos, com a insistência de marcar jogos com início depois das 21h. É dose.

Há dois anos, o jogo entre Richard Krajicek e Andrei Medvedev terminou às duas da manhã. Foi um jogão, cinco sets maravilhosos, mas sair de Flushing Meadows a essa hora não é brincadeira. Quem está de carro, tudo bem, mas quem já tentou pegar um táxi no bairro de Queen's em plena madrugada sabe o que é viver perigosamente.

Estimativa da assessoria de Andre Agassi: há mais de 4.000 fotos do jogador em outdoors e cartazes espalhados por Nova York. Se isso não bastasse, a Nike vai colocar imagens do tenista na TV em 15 inserções diárias, que devem totalizar mais de duas horas de comerciais nas duas semanas do torneio. E tome Agassi.

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