São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Comer, comprar e tietar

THALES DE MENEZES

E começou mais um US Open. Por duas semanas, a capital mundial do tênis fica sediada no complexo de Flushing Meadows, em Nova York. Nas quadras, mais atrações do que nos últimos anos.
Na chave masculina, a expectativa de uma final americana. Agassi conquistou seu único título de US Open no ano passado, mas Sampras já tem dois troféus no currículo.
No feminino, basta dizer que é o primeiro torneio de Grand Slam que Monica Seles disputa após seu retorno (triunfal) às quadras. Só os jogos dela vão valer o campeonato.
Fora das quadras, tem coisa que não acaba mais. Para começar, a comida. Nenhum outro torneio do mundo agrupa tantas lanchonetes e restaurantes tão bons.
Afinal, todo mundo sabe que americano vai a estádio só para comer, certo? O esporte não passa de uma justificativa. E tem mais.
Um monte de barraquinhas. O pessoal insiste em chamar aquilo de show-room, mas não passam de barraquinhas atafulhadas de coisas e de gente. Tem uma da Nike, outra da Reebok, da Wilson...
Com sorte (e não precisa de muita), você encontra um tenista dando autógrafos na barraca de seu patrocinador. Uma dica: os principais jogadores só fazem isso na primeira semana do torneio, porque na segunda os jogos tendem a ser mais difíceis e eles fogem de compromissos fora da quadra.
Vale a pena comprar produtos nessas barracas. Raquetes, tênis, bolinhas, roupas... o que quiser.
Na pior das hipóteses, custa 30% menos do que nas lojas mais barateiras de Manhattan.
Além de ser uma festa consumista, o US Open é generoso com os adeptos da tietagem.
Entre os principais torneios do mundo, é o que mais permite o acesso aos ídolos.
O motivo é algo que provoca queixas eternas dos jogadores: os vestiários ficam muito longe das quadras, obrigando o atleta a caminhar longos trechos no meio do público.
Os astros andam com seguranças, lógico, mas sem nenhuma truculência. Se o tenista concordar, dá autógrafos numa boa.
Boa comida, umas comprinhas, a intimidade com o ídolo e o melhor tênis do planeta. O US Open é bacana.

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