São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Massacre deixa 23 mortos na Colômbia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Suspeitos de pertencer a guerrilhas de esquerda mataram pelo menos 23 pessoas na manhã de ontem na região do golfo de Urabá (noroeste da Colômbia), no terceiro massacre na região em agosto.
Segundo a polícia, os guerrilheiros atacaram uma plantação de bananas perto da cidade de Carepa pouco depois do amanhecer e mataram pelo menos 23 pessoas que iam trabalhar. Elas teriam sido retiradas de três ônibus, amarradas e fuziladas.
No dia 13 de agosto, 38 pessoas foram mortas na região de Urabá (a 400 km da capital, Bogotá), 21 delas em duas chacinas.
Grupos paramilitares de direita e guerrilhas de esquerda são os principais suspeitos dos ataques.
Em Chigorodó, 15 pessoas morreram na porta de um bar. Três pessoas morreram em outros ataques na cidade.
Outra chacina deixou seis mortos na cidade de Apartado. As outras pessoas morreram em ataques nas cidades de Carepa e Turbo.
Testemunhas disseram que o massacre ocorrido ontem foi executado por membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, de esquerda).
A polícia acredita que maioria das vítimas era militante do partido local Esperança, Paz e Liberdade, fundado por antigos membros da guerrilha de esquerda EPL (Exército Popular de Libertação). Eles assinaram acordo de paz com o governo e deixaram a guerrilha.
Segundo a polícia, os matadores podem ser dissidentes do EPL que discordam do acordo de paz.
Urabá é a maior região produtora de bananas e ponto de tráfico de armas e drogas na Colômbia. Na região, a média é de três assassinatos por dia.
Anteontem à noite, três homens mataram o presidente da Anuc (Associação Nacional de Usuários Camponeses), uma das maiores associações de camponeses da Colômbia. William Jaimes Torres, 36, foi assassinado quando entrava na sede da associação, em Bogotá.

Texto Anterior: Embaixador chinês volta a Washington
Próximo Texto: Presidente quer polícia unificada
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.