São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 1995
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Brasileiras não querem brigar

SUZANA SINGER
ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM

As feministas brasileiras não vieram a Pequim para brigar -pelo menos, não com o governo.
O documento das ONGs (organizações não-governamentais) não é muito diferente do trazido pela delegação oficial.
Maria Aparecida Schumaher, coordenadora da Articulação de Mulheres Brasileiras, diz que as posições do governo são muito liberais, ``abertas e contemplam a maioria das reivindicações dos movimentos de mulheres".
O clima é de lua-de-mel até com o presidente Fernando Henrique. Schumaher, 43, diz que o documento das ONGs recusa qualquer modelo neoliberal. ``O que eu posso dizer é que o presidente tem uma preocupação em lutar contra a exclusão social, mas até agora pouca coisa foi feita."
A primeira-dama, Ruth Cardoso, é uma "feminista comprometida com as causas da mulher", diz ``Schuma", como é conhecida.
O documento das ONGs foi discutido durante um ano em encontros regionais e votado em uma reunião de 700 delegadas, em junho, no Rio de Janeiro.
Além do documento, as 300 brasileiras que estão chegando à China vão organizar uma tenda da América Latina e Caribe, que será inaugurada amanhã.

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