São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Planalto tenta reduzir insatisfação

SÔNIA MOSSRI; MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto montou uma operação de emergência no Congresso para reduzir a insatisfação com o processo de liberação de verbas e conseguir instalar a Comissão Mista que examinará o Orçamento da União de 1996.
Minutos antes do ministro do Planejamento, José Serra, entregar o projeto de lei do Orçamento de 96, o governo ainda não tinha obtido um acordo com o PMDB para escolher o presidente da comissão.
Para corrigir a desarticulação do governo, tornou-se necessária a intervenção do próprio Serra, do secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, e do líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE).
Na prática, o Palácio do Planalto mostrava-se descontente com a atuação do líder do governo no Congresso, deputado Germano Rigotto (PMDB-RS).
Inocêncio afirmou que "fica muito mal para o Legislativo a demora na instalação da comissão mista". O líder do PMDB na Câmara, deputado Michel Temer (SP), também reclamou a mesma coisa.
A principal queixa é que Riggoto não estaria conseguindo se entender nem com os aliados de FHC. Como exemplo, são citadas as derrotas na tentativa de mudar a tramitação do Orçamento e na votação de regime de urgência-urgentíssima para o crédito adicional de quase R$ 2,5 bilhões.
(Sônia Mossri e Marta Salomon)

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