São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Solução passa por empréstimo

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Qualquer solução para o Banespa passa pela captação de um empréstimo externo entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões. Esse dinheiro iria direto para o caixa do Banespa, que assim recuperaria o equilíbrio financeiro.
O problema é que, dado o seu tamanho, essa operação de empréstimo só pode ser feita se o governo FHC conceder tratamento favorecido ao governo paulista.
Essa é a dificuldade política: um favor para devolver o Banespa ao governador Mario Covas liquida com a política de austeridade e privatização que o Banco Central deseja para os bancos estaduais.
O empréstimo só pode ser obtido junto a grandes bancos e instituições internacionais.
O governo paulista não tem a capacidade de levantar o empréstimo. O governo federal tem, pelo BC e pelo Banco do Brasil.
Assim, o governo federal tomaria o empréstimo, passaria o dinheiro ao governo paulista, que pagaria o Banespa. E o governo paulista ficaria devendo ao federal, com prazo maior e juro menor.
O BC já disse que topa essa engenharia se for para privatizar, como ocorre com o Banerj.
Como o governador Covas não quer a privatização, a decisão, política, vai para FHC.

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