São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Paula Thomaz é acusada de ter regalias

DA SUCURSAL DO RIO

Em depoimento à Corregedoria de Polícia Civil, a ex-presidiária Gesebel Lúcia de Assis, 46, afirma que Guilherme de Pádua e Paula Thomaz têm deixado a prisão para se encontrar durante a madrugada.
Pádua e Paula, que eram casados e se separaram judicialmente, aguardam presos o julgamento pelo assassinato da atriz Daniella Perez, em 28 de dezembro de 1992.
Pádua confessou o crime. Paula diz que é inocente.
Gesebel procurou a Secretaria de Segurança Pública do Estado para relatar supostas regalias de Paula na carceragem feminina da Polinter (Polícia Interestadual), em Niterói (a 15 km do Rio).
O corregedor de Polícia Civil Luiz Gonzaga de Lima Costa abriu sindicância para apurar o caso.
Dois carcereiros da Polinter em Niterói já foram afastados. Na carceragem masculina (Saúde, zona portuária) onde Pádua está preso, os plantões foram alterados.
Gesebel foi solta há um mês, após ter cumprido quatro anos de prisão.
Em depoimento à corregedoria, ela acusa carcereiros de permitirem que Paula deixe a cadeia de madrugada a fim de se encontrar com o ex-marido. Diz também que os pais pagam a carcereiros para que Paula seja bem-tratada.
A sindicância tem prazo de 30 dias, mas poderá ser prorrogada. Segundo o corregedor, ela pode se transformar em inquérito policial.
Na direção da Polinter desde 7 de julho, o delegado Alcides Iantorno disse não acreditar nas denúncias. "Acho que é tudo picuinha entre elas. Quando assumi, ouvia muitos comentários sobre isso. Podem ter procedência ou não. Estou investigando", afirmou.
Iantorno diz que também investiga denúncias semelhantes feitas pela presidiária Sueli da Costa Gonçalves, já transferida para a penitenciária Talavera Bruce, em Bangu (zona oeste).
O advogado de Paula, Carlos Eduardo Machado, não foi localizado. Em seu escritório, disseram que ele viajara.

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