São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995
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Delegado nega pedido de acareação feito pelo advogado de Romário

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

A acareação entre a presidiária Marlucia Menezes Gomes e parentes do atacante Romário não deverá ocorrer, disse ontem o delegado Jorge Jesus Abreu, presidente do inquérito que investiga o sequestro do pai do jogador, Edevair Faria.
O advogado de Romário e de seu irmão Ronaldo, Michel Assef, quer que a polícia ponha Marlucia e as pessoas que ela cita como envolvidas no sequestro frente a frente, para confrontar as versões.
Marlucia denunciou que o irmão de Romário teria forjado o sequestro do pai, em maio do ano passado, no Rio, junto com Wilson Mussauer Júnior, segurança e amigo do jogador.
Presa em flagrante no cativeiro de Edevair Faria, Marlucia acabou condenada a 12 anos de prisão por envolvimento no sequestro.
O presidente do inquérito disse que a acareação visa "colher a verdade" pelo confronto entre duas ou mais versões. Até agora, segundo o delegado, só há uma versão: a da presidiária.
Abreu disse que só se decidirá pela acareação caso não chegue a uma conclusão depois dos depoimentos de Ronaldo, Edevair, Mussauer Júnior e outros citados, que devem começar a ser ouvidos na semana que vem.
O corregedor de Polícia Civil, delegado Luiz Gonzaga de Lima Costa, disse que o delegado Hélio Vígio -também acusado pela presidiária de conivência no sequestro- deverá ser um dos últimos a ser ouvido. Vígio dirigia na época a DAS (Divisão Anti-Sequestros) da Polícia Civil.

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