São Paulo, sexta-feira, 1 de setembro de 1995 |
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Cavallo reduz compulsórios dos bancos
DENISE CHRISPIM MARIN
"Quem duvida do futuro da Argentina vai se equivocar de cabo a rabo", declarou Cavallo, em uma hora e meia de discurso para uma platéia de 600 pessoas, no Banco da Nação Argentina. "Podemos dar por terminado o capítulo da crise financeira", disse o ministro da Economia. O plano de Cavallo se baseia na redução gradual do compulsório sobre depósitos à vista (conta corrente e caderneta de poupança) de 30% a zero em 1º de novembro -mesmo percentual hoje exigido para os depósitos a prazo. Em contrapartida, aumentam os requisitos mínimos de liquidez -percentual da aplicação financeira que os bancos poderão depositar em instituições estrangeiras ou investir na compra de títulos. Para os depósitos à vista, o requisito mínimo de liquidez será de 15% e, para as aplicações a prazo, passam de 6% fixos a percentuais que variam de 2,5% a 20%, conforme a data de vencimento. Segundo o ministro, essa mudança foi provocada pela suposição equivocada da equipe econômica de que os depósitos à vista seriam os primeiros a deixar em massa o sistema bancário. Dessa forma, Cavallo tenta manter a solidez do sistema, aumentando as normas de garantia das aplicações a prazo -as que fugiram dos bancos com a crise. Ao diminuir o compulsório dos depósitos, os bancos poderão operar com esse percentual antes depositado no banco central. Assim, terão mais dinheiro para financiar o crédito às empresas. Cavallo disse que receberia ontem a carta de intenções do FMI (Fundo Monetário Internacional) com metas renegociadas para o fim de 95 e todo o ano de 96. O secretário de Programação Econômica, Juan Llach, anunciou ontem que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) deve registrar deflação em agosto. Texto Anterior: Isso é uma recessão? Próximo Texto: Protesto faz Volkswagen parar Índice |
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