São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Júri mantém penas superiores a 20 anos para assassinos de sindicalista

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

José Serafim Sales, 29, o Barreirito, e Francisco de Assis Ferreira, 45, o Grilo, foram novamente considerados culpados pelo assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Maria (720 km de Belém), Expedito Ribeiro de Souza, 43.
A juíza Maria de Nazaré leu a sentença às 2h45 de ontem, após 16 horas e 45 minutos de julgamento. Os sete jurados decidiram por unanimidade.
Expedito foi morto com três tiros em 2 de fevereiro de 1991. Barreirito, autor do crime, vai cumprir 25 anos por homicídio -no primeiro julgamento foi condenado a 24 anos. Grilo, o intermediário, recebeu a mesma pena do primeiro julgamento: 21 anos.
O segundo julgamento aconteceu porque a legislação permite um novo julgamento quando as penas ultrapassam 20 anos.
O fazendeiro Jerônimo Alves de Amorim, acusado de ser o mandante do crime, não foi julgado. Ele está foragido e tem prisão preventiva decretada.
O julgamento começou às 9h55, com a apresentação dos réus. No interrogatório, apenas Grilo depôs.
Após o interrogatório, houve a leitura do processo e, depois, foram ouvidas as duas únicas testemunhas, que eram de acusação.
Às 15h30, começou o discurso da acusação, que durou três horas. Falaram o promotor público Édson Augusto de Souza e os assistentes Egydio Salles Filho, Jorge Farias e Luís Eduardo Greenhalgh.

Indícios
Os advogados de defesa, também durante três horas, negaram as acusações e afirmaram que não havia provas, apenas indícios.
Barreirito e Grilo saíram escoltados direto para o presídio Fernando Guilhon, em Santa Isabel (40 km de Belém), e não quiseram falar com a Agência Folha.

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