São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Problema respiratório aumenta

DA REPORTAGEM LOCAL

O número de atendimentos a pacientes com problemas respiratórios cresceu 24% em agosto em relação à média registrada nos outros meses do ano em São Paulo.
Os dados são do Pronto Atendimento de Pneumologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo, antiga Escola Paulista de Medicina). Em agosto, 1.863 pacientes procuraram atendimento, contra a média mensal de 1.500.
A alta temperatura e a falta de ventos e de chuva estão impedindo que a poluição se disperse, piorando a qualidade do ar. Não chove há 27 dias em São Paulo.
"Com o calor, é a poluição que causa os problemas que normalmente seriam causados pelo frio nesta época", explica o pneumologista Clystenes Odyr Soares da Silva, da Unifesp.
Segundo a pediatra Silvia Lima Farhat, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, os atendimentos a problemas respiratórios cresceram 30% de maio até agosto. Cerca de 40% das internações têm relação direta com a poluição.
Nos dias de pior qualidade do ar, a mortalidade causada por problemas respiratórios aumenta pelo menos 12% entre idosos e 15% entre crianças com menos de cinco anos, segundo pesquisa do Laboratório de Poluição Atmosférica e Ambiental do HC.

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