São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995
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Grupo quer o Econômico

DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DO RIO

O Banco Interatlântico, pertencente ao grupo Monteiro Aranha, pretende comprar o Banco Econômico e já tem um sócio estrangeiro para dividir o controle do banco baiano.
A informação foi dada ontem pelo presidente do Interatlântico, José Luiz Miranda. Ele não quis revelar o nome do sócio nem seu país de origem.
O Econômico sofreu intervenção do Banco Central no dia 11 de agosto.
Segundo Miranda, o parceiro do Interatlântico "não se assustou tanto" em um primeiro exame dos números do Econômico. Agora, os dois bancos estão fazendo um exame mais aprofundado desses números para fazer uma proposta de compra.
Miranda afirmou que qualquer um que se interesse pela compra do Econômico terá que levar em conta que a negociação passará pela intenção do Banco Central de retirar do Econômico o máximo do que colocou nele. O BC já teria injetado cerca de R$ 3,3 bilhões.
A intenção do grupo Monteiro Aranha, que detém 10% do capital da Volkswagem do Brasil e atua em setores como mineração de ouro e telecomunicações, é comprar o Econômico para transformar o Interatlântico em um banco de varejo. Hoje o banco trabalha apenas com grandes investidores.
Ontem, o presidente do BC, Gustavo Loyola, disse que os bancos Econômico, Mercantil de Pernambuco e Comercial de São Paulo, que sofreram intervenção no mês passado, serão beneficiados com recursos do seguro de depósitos bancários, em processo de criação, para pagar aos seus correntistas.
O fundo deverá ser criado com dinheiro dos bancos em geral e com R$ 800 milhões existentes hoje no BC e que já são destinados à cobertura de riscos bancários. A sua gestão será privada.
O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) encaminhou ontem à Procuradoria Geral da República solicitação para que o Ministério Público da União questione a constitucionalidade da decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) em torno do seguro de depósito bancário com administração privada.

Colaborou a Sucursal do Rio

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