São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995![]() |
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Para governo, não há sinal de recessão
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Segundo a Folha apurou, a política de alívio nas restrições ao consumo permanece gradual e se baseia na queda dos juros e na redução dos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no BC). O BC não aceita a tese de que o país está ou caminha para a recessão. Para sua diretoria, o desaquecimento é forte, mas a atividade industrial continua sendo mais intensa do que no ano passado. As informações do BC indicam que as vendas de bens duráveis continuam até 20% maiores se comparadas com as de 1994. Na indústria de não-duráveis, o desaquecimento é mais forte, mas as vendas permanecem 10% acima do verificado um ano atrás. Problema mesmo o BC vê na indústria automobilística. E o problema, na visão do BC, deve-se menos ao arrocho no crédito e mais ao fato de o setor ter-se programado como se o país fosse viver um novo milagre econômico. Não há nada mais em cogitação para o curto prazo. O BC vai esperar o efeito das medidas anteriormente tomadas. Por causa da crise do Econômico, os bancos se retraíram e deixaram em caixa o dinheiro devolvido, em vez de utilizá-lo para novos financiamentos. Assim, uma vez dissipado o clima de medo, o BC acredita que os bancos voltarão a financiar seus clientes. Com a proximidade do fim do ano, quando as vendas se aquecem por conta do Dia da Criança e das encomendas para o Natal, não se deve esperar do BC qualquer estímulo adicional ao consumo. Texto Anterior: Comércio pede prazo maior Próximo Texto: Confecções já liquidam moda verão Índice |
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