São Paulo, sábado, 2 de setembro de 1995![]() |
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Bomba! Acordei fazendo curva quadrada!
JOSÉ SIMÃO
É mole? É mole mas sobe! Mas acho que hoje não sobe não. É que eu fui entregar o prêmio de melhor videoclip de rock no Musical Video Awards. E acordei um videotrapo. Espero que o programa não tenha dado um videotraço. Porque eu arrasei com o meu modelão do Jorge Kaufmann: ternão xadrez, justo, bem anos 60. Que o pessoal do mangue beat de Pernambuco apelidou de terno de enterro de crente! Rarará! Pelo menos era mais simplesinho que o modelão da Regina Casé: um cocar de índio. Coitado de quem sentou atrás dela. Se ela sentasse na minha frente eu matava ela. Isso é que é lugar premiado: você se arrumar todo para uma noite de prêmios e sentar uma pessoa com um cocar de índio na tua frente. Pior quando estourou uma lata de Coca Cola nos bastidores. Saiu todo mundo correndo. É que tava todo mundo com roupa de permuta. Não pode devolver suja de Coca Cola! Rarará. E a Marisa Orth ganhou o melhor videoclipe de fôlego de búfala: três horas comandando o show. Três horas de bichice com um rabo de peixe e salto quinze. Hilária! Debochada! E adorei o seu lapso freudiano: "Lá atrás tá rolando o maior rolão. Ops, bolão!". E o meu camarim? Pior que a Família Adams: tava o Macaco Simão, o Falcão, o Zé do Caixão e dois do Sepultura. Uau. Terrir! Terror com rir! E aí eu comentei com o Falcão da dificuldade em encontrar hotel nos Estados Unidos, tudo lotado. E ele: "Leva uma barraca". Rarará. Grande idéia. Vou armar uma barraca em frente ao grande Hyatt. Quen fica parado é poste. Vai indo que eu não vou. Texto Anterior: Courrèges foi o precursor do look Próximo Texto: "Vidas Secas' antecipa Glauber Índice |
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